A Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Rio se compromete a aumentar em 10% a cobertura da Mata Atlântica até 2050. Essa e outras ambições climáticas serão apresentadas pelo secretário da pasta, Thiago Pampolha, durante participação na conferência sobre o clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em Glasglow, na Escócia, a COP26, entre os dias 6 e 12 deste mês.
A principal meta da secretaria é aumentar a cobertura de Mata Atlântica no estado de 30% para 40%, o que representa mais de 440 mil hectares restaurados. De acordo com a secretaria, esse aumento tem potencial de absorver mais de 159 milhões de toneladas de gás carbônico.
Entre os compromissos, o estado pretende ainda aderir a duas coalizações climáticas, a Under 2 e a Regions4. Com isso, irá assumir as seguintes metas:
O estado passa também a aderir aos programas globais de redução de emissões da ONU – “Race to Zero” e “Race to Resilience” – e às metas de neutralizar as emissões de gases do efeito estufa até 2050.
A secretaria irá detalhar sua ambição climática, dividida em quatro eixos: restauração, proteção, conservação e adaptação. O estado fará adesão a programas globais de redução da emissão de carbono e divulgar as metas locais para instituição de um mercado de carbono local.
O secretário Thiago Pampolha vai se reunir com representantes de coalizões internacionais pelo clima e apresentar os resultados das políticas ambientais do estado.
Além disso, o estado irá convidar os representantes internacionais para a Rio+30 - evento que irá celebrar, em 2022, os 30 anos da realização da conferência Eco92.
No Estado do Rio, há 36% de área protegida e, desde o Acordo de Paris, em 2015, a secretaria afirma que foram criadas 60 novas Unidades de Conservação (estaduais, municipais e Reservas Particulares do Patrimônio Natural).
Para atingir as metas, a pasta enumerou iniciativas que pretende implementar. De acordo com a secretaria, o Rio é primeiro estado do Brasil a solicitar no licenciamento ambiental o inventário de emissões de gases de efeito estufa e o plano de mitigação de alguns setores econômicos. A pasta tem discutido e desenvolvido mecanismos para a estruturação de um mercado de carbono no estado.
Outros planos são o programa de reflorestamento Florestas do Amanhã, lançado ano passado e que pretende reflorestar mais de 5 mil hectares de Mata Atlântica no estado; e o programa ICMS Ecológico.
Sertão Santana